Se eu não tivesse existido, outra pessoa teria escrito minhas histórias, Hemingway, Dostoievski, todos nós. Prova disso é que há aproximadamente três candidatos para a autoria das peças teatrais de Shakespeare. Mas os que é importante é Hamlet e o Sonho de Uma Noite de Verão, não quem as escreveu, mas o fato de que alguém o fez. O artista não tem nenhuma importância. O que ele cria é importante, já que não há nada de novo a ser dito. Shakespeare, Balzac, Homero, todos escreveram sobre as mesmas coisas, e se eles tivessem vivido mil ou dois mil anos mais, os editores não teriam precisado de ninguém mais desde então.
Já foi dito: "Não apagues a tua tocha, pois pode ser a luz que vai iluminar as gerações futuras."
Djelal eddin Rumi
Djelal eddin Rumi
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quinta-feira, 18 de dezembro de 2014
quarta-feira, 10 de dezembro de 2014
SEU PRÓPRIO SENSO DE ESTILO — Kenzaburo Oe
Fundamentalmente, um bom escritor tem o seu próprio senso de estilo. Há uma voz natural, profunda, e aquela voz está presente desde o primeiro rascunho de um manuscrito. Quando ele ou ela elaboram o manuscrito inicial, isso continua fortalecendo e simplificando aquela voz natural, profunda. Enquanto eu estava nos Estados Unidos, ensinando em Princeton entre 1996 e 1997, eu consegui ver uma cópia do manuscrito original do Huckleberry Finn de Mark Twain. Eu li cem páginas mais ou menos e gradualmente percebi que desde o princípio Twain tivera um estilo exato. Até mesmo quando ele escrevia um inglês impuro, tinha uma espécie de música. Isto o torna mais claro. Aquele método de elaboração vem naturalmente a um bom escritor.
sexta-feira, 5 de dezembro de 2014
EU ESCREVO TODA MANHÃ — Ernest Hemingway
Quando estou trabalhando num livro ou numa história, escrevo todas as manhãs, assim que surge a primeira luz do dia. Não tem ninguém para perturbá-lo, e está fresco ou frio, e você vem para o seu trabalho e esquenta à medida que escreve. Você lê o que já escreveu e, como você sempre pára quando sabe o que vai acontecer em seguida, você prossegue daí. Você escreve até que chega a um ponto em que você ainda tem seu suco e sabe o que acontecerá em seguida, e você pára e tenta viver até o próximo dia, quando você pega isto novamente. Você começou às seis da manhã, vamos supor, e pode ir até o meio-dia ou pode terminar antes disso. Quando você pára está tão vazio, e ao mesmo tempo nunca vazio mas se reenchendo, como quando você fez amor com alguém que você ama. Nada pode feri-lo, nada pode acontecer, nada significa qualquer coisa até o próximo dia, quando você faz isto novamente. É a espera até o próximo dia que é difícil de transpor.
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