Já foi dito: "Não apagues a tua tocha, pois pode ser a luz que vai iluminar as gerações futuras."
Djelal eddin Rumi


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sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

EU ESCREVO TODA MANHÃ — Ernest Hemingway

Quando estou trabalhando num livro ou numa história, escrevo todas as manhãs, assim que surge a primeira luz do dia. Não tem ninguém para perturbá-lo, e está fresco ou frio, e você vem para o seu trabalho e esquenta à medida que escreve. Você lê o que já escreveu e, como você sempre pára quando sabe o que vai acontecer em seguida, você prossegue daí. Você escreve até que chega a um ponto em que você ainda tem seu suco e sabe o que acontecerá em seguida, e você pára e tenta viver até o próximo dia, quando você pega isto novamente. Você começou às seis da manhã, vamos supor, e pode ir até o meio-dia ou pode terminar antes disso. Quando você pára está tão vazio, e ao mesmo tempo nunca vazio mas se reenchendo, como quando você fez amor com alguém que você ama. Nada pode feri-lo, nada pode acontecer, nada significa qualquer coisa até o próximo dia, quando você faz isto novamente. É a espera até o próximo dia que é difícil de transpor.